Prefeitura de SP decide cancelar réveillon 2022 e manter obrigatoriedade do uso de máscara
Anúncio foi feito pelo prefeito Ricardo Nunes após resultado de estudo da gestão municipal apontar necessidade de cautela. Ricardo Nunes viajou com o governador João Doria aos Estados Unidos e faliu com a imprensa em Nova York.
Réveillon 2019 na Avenida Paulista contou com fogos silenciosos. — Foto: Rafael Ihara/G1
A Prefeitura de São Paulo decidiu cancelar o réveillon 2022 e manter a obrigatoriedade do uso de máscaras na cidade.
A medida foi anunciada nesta manhã pelo prefeito de SP, Ricardo Nunes (MDB), após resultado de estudo sobre a situação epidemiológica da cidade, feito pela própria gestão municipal, apontar necessidade de cautela.
“Evidentemente o que pesou muito [na decisão] foi a questão da nova variante, que no atual momento é necessário que os técnicos da vigilância sanitária acompanhem e atuem em relação a essa variante”, disse Nunes. https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
“Não é por conta de ter sido detectado algo grave, mas por ser necessário que se faça um monitoramento e o prazo ficaria muito curto para se tomar essa decisão lá na frente”, completou o prefeito.
Nunes viajou com o governador João Doria (PSDB) aos Estados Unidos e falou com a imprensa em Nova York.
Cidade de São Paulo cancela festa de réveillon
Durante a coletiva, Nunes disse que ainda não há novas definições sobre a realização do carnaval. A previsão da festa ocorrer segue mantida.
“Como será no final de fevereiro, haverá tempo para a secretaria monitorar e nós tomaremos essa decisão mais adiante, enfatizando muito claramente: baseados nas decisões da Vigilância Sanitária”, afirmou. https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Também não há nenhuma mudança na previsão de realização da Corrida de São Silvestre.
Ano novo na Av. Paulista
No final de novembro, a Prefeitura de SP anunciou o planejamento do tradicional réveillon 2022 na Avenida Paulista.
A realização do evento foi condicionada ao “quadro epidemiológico da pandemia”, mas sustentada como viável até a última terça (30).
No início da semana, o prefeito Ricardo Nunes chegou a dizer que a festa seria mantida.
O cancelamento ocorre após a confirmação de três casos da variante ômicron, sendo dois deles na capital paulista e um na cidade de Guarulhos, na Grande SP.
Ainda de acordo com a gestão municipal, um estudo próprio apontou a necessidade de manter o uso de máscaras na cidade e evitar grandes eventos que promovam aglomerações.
Uso de máscaras
A gestão municipal previa flexibilizar o uso de máscaras em ambientes externos no dia 11 de dezembro, conforme cronograma do governo estadual.
Entretanto, aguardava o resultado de um estudo próprio para definir a data.
O governo de São Paulo também deve anunciar nesta quinta se manterá ou não liberação das máscaras em locais ao ar livre no dia 11 deste mês. https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Outros estados
Prefeituras de ao menos 15 capitais brasileiras anunciaram cancelamento total ou parcial das festas de réveillon por conta da Covid. Veja abaixo:
- Aracaju
- Belém
- Brasília
- Campo Grande
- Cuiabá
- Florianópolis
- Fortaleza
- João Pessoa
- Natal
- Palmas
- Porto Alegre
- Recife
- Salvador
- São Luís
- Vitória
Variante ômicron
A variante ômicron – também chamada B.1.1529 – foi reportada à OMS em 24 de novembro de 2021 pela África do Sul. De acordo com OMS, a variante apresenta um “grande número de mutações”, algumas preocupantes. O primeiro caso confirmado da ômicron foi de uma amostra coletada em 9 de novembro de 2021 no país.
No Brasil, três casos foram confirmados pelo Instituto Adolfo Lutz. Todos são monitorados, apresentam sintomas leves e passam bem.
Na terça (30), autoridades sanitárias holandesas afirmaram que a variante já estava presente na Holanda no dia 19 de novembro – uma semana antes do que se acreditava e antes da OMS classificar como variante de preocupação.
A primeira imagem da variante ômicron do coronavírus revelou mais que o dobro de mutações que a da variante delta.
Primeira imagem da variante ômicron revela mais que o dobro de mutações que a delta
Fonte: G1