Ao g1, a tutora Mariana Bizagio contou que a cachorra, batizada de Tequila, ama passear de carro com a família. Na segunda (21), a mãe de Mariana saiu com o veículo para ir até um comércio na rua Jordânia, Vila Matilde, e a cadela foi junto no banco traseiro.

Porém, ao estacionar o carro, ela foi abordada por criminosos. “Assim que ela parou e desceu do carro, um homem já se aproximou e disse para ela entregar o carro. Ela não reagiu e se afastou do veículo. Nisso, outro homem surgiu e já entrou no carro. Porém, Tequila estava ainda no veículo e foi levada junto”.

“Minha mãe começou a gritar e a porta traseira até estava aberta, mas minha cachorra é medrosa. Ela nunca pularia de um carro em movimento e deve ter ficado acuada no canto. Desesperador”.

Segundo Mariana, duas horas após o crime, o carro foi encontrado estacionado no bairro Arthur Alvim. Os criminosos levaram o estepe e objetos pessoais.

“Fomos correndo ver se ela estava dentro do veículo, mas não a encontramos. Até vimos próximo da região e nada. Depois, a seguradora nos informou que o carro esteve na favela Nhocune. Fomos até a entrada da comunidade, mas ninguém tinha visto ela”.

A tutora ainda conta que começou a compartilhar a foto de Tequila com o contato dela nas redes sociais para auxiliar nas buscas. Porém, passou a receber trotes.

“Eu já recebi mais de 40 ligações e todas trote. Em uma delas, o homem disse que se eu não fizesse transferência bancária ele não devolveria minha cachorra e ainda me mataria. Fiquei muito assustada. Não imaginava que iam me ligar para me enganar”.

“Já não basta passar pelo assalto, tem pessoas que brincam com nosso emocional. Tive até crise de ansiedade e estamos apavorados. Nos trotes que recebi disse que é comum trocar cachorro por droga, que tem troca de cachorro por pedra de crack. Só queremos achar a Tequila. A casa está vazia sem ela”.

O caso foi registrado no 21º DP e segue para investigação. Até a manhã desta quarta-feira (23), nenhum suspeito havia sido preso.

“Eu tenho uma filha de 3 anos que ama a Tequila. Está perguntando sem parar onde ela está e não falamos sobre o assalto. Para ela, Tequila foi passear na praia e logo volta. Espero mesmo que a encontremos. Ela é dócil, mansa, faz parte da família. Se ela estiver solta, não vai estar em uma rua movimentada. Vai estar em algum cantinho”.