Casos de tuberculose aumentam 15% no estado de São Paulo entre 2020 e 2022
Tratamento da tuberculose dura seis meses, e remédios são de graça na capital paulista.
Alerta para a tuberculose
Os casos de tuberculose registraram, de 2020 a 2022, aumento de 15% no estado de São Paulo. Na capital, são 960 neste ano.
A Prefeitura de São Paulo faz testes rápidos para diagnosticar doenças como sífilis, e neste mês o foco é combater também a tuberculose. As amostras de secreção coletadas são levadas ao laboratório e em até 48 horas o resultado revela se a pessoa está ou não com a doença. Equipes da Prefeitura de São Paulo atuam em locais como a Praça da Sé, no Centro de São Paulo.
Segundo os especialistas, a tuberculose é transmitida pelo ar, atinge principalmente os pulmões e pode levar à morte. Entre os sintomas estão tosse por mais de uma semana, febre, cansaço, dor no peito, falta de apetite e, nos casos mais graves, presença de sangue no catarro.
O tratamento da tuberculose dura seis meses.
Em uma ação dessas, o ajudante de obras João Bispo Ribeiro de Almeida foi diagnosticado em outubro do ano passado com a doença. Ele está quase terminando o tratamento de 6 meses com antibióticos que retira numa UBS.
“Eu estava praticamente com 40 quilos. Estava pele e osso. Durante 15 dias que estou tomando o remédio, eu não sou risco para mais ninguém”, disse.
Enquanto isso, a cobertura da vacina que protege as crianças contra a tuberculose cresceu, mas está abaixo do que é recomendado pelo Ministério da Saúde, que é ter 90% das crianças vacinadas.
Os especialistas explicam que a tuberculose tem uma relação direta com a pobreza. As condições precárias de vida, a insegurança alimentar e a imunidade baixa tornam as pessoas mais vulneráveis.
Por isso, segundo a Secretaria Municipal da Saúde, a chance de uma pessoa em situação de rua desenvolver a doença é de 56 vezes maior do que as do restante da população.
A coordenadora do programa municipal de controle de tuberculose de São Paulo, Rachel Russo Leite, explica que o aumento no número de casos se deve ao crescimento dos diagnósticos no pós-pandemia.
“Tem cura, é um tratamento efetivo. É oferecido em todas as unidades básicas do nosso município, e a medicação ela é de graça. Só você chegar com a receita, você vai ser notificado, vai fazer acompanhamento na unidade básica e vai receber medicamento.”
Fonte: G1