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Palmeiras calcula ter recuperado mais de 70% do investimento em Borja

Foram três transferências que renderam aos cofres do clube: empréstimo ao Grêmio e vendas para Junior Barranquilla e River Plate, esta perto de ser oficializada


Palmeiras calcula que as negociações feitas com Miguel Borja nos últimos dois anos fizeram o clube recuperar pelo menos 70% do valor investido para contratá-lo do Atlético Nacional, da Colômbia.

O diretor de futebol Anderson Barros realizou três transações com o colombiano já com a ideia de amenizar os gastos daquela que em 2017 se tornou a maior negociação da história do Palmeiras. O Verdão recebeu com o empréstimo ao Grêmio, a venda para o Junior Barranquilla, da Colômbia, e vai ganhar também com a venda iminente para o River Plate, da Argentina.

Borja em campo pelo Palmeiras na temporada de 2018 — Foto: Marcos Ribolli

Borja em campo pelo Palmeiras na temporada de 2018 — Foto: Marcos Ribolli

Há influência de alguns fatores na comparação, como variação cambial e valores parcelados, tanto na compra quanto nas vendas, além de descontos como impostos. Mas o Verdão terminará recuperando bem mais do que a metade daquilo que gastou no colombiano.

Em 2017, o clube pagou US$ 10,5 milhões (cerca de R$ 33 milhões na época) ao Atlético Nacional por 70% dos direitos econômicos do colombiano. Este valor foi aportado pela Crefisa.

Uma cláusula no contrato, que foi até pauta de discussão na Fifa, obrigou o Verdão a comprar os 30% restantes por mais US$ 3 milhões. Um acordo de 2020 previa o pagamento do valor em seis parcelas de US$ 500 mil.

Foram mais cerca de R$ 15,2 milhões, de acordo com o balanço do clube, por essa fatia. A totalidade dos direitos econômicos de Borja, portanto, custou perto de R$ 48 milhões.

A chegada de Borja ao Brasil, em 2017, foi com muita festa — Foto: Jales Valquer/FotoArena/Estadão Conteúdo

A chegada de Borja ao Brasil, em 2017, foi com muita festa — Foto: Jales Valquer/FotoArena/Estadão Conteúdo

Sem o jogador corresponder à expectativa de quando chegou, o Verdão passou a buscar formas de recuperar parte do investimento feito nele. No fim de 2019, o Verdão acertou com o Junior Barranquilla um primeiro empréstimo sem custos, vínculo que foi prorrogado para 2021.

Na época, os palmeirenses avaliavam uma economia de cerca de R$ 8 milhões apenas em salários e encargos relacionados ao atacante.

De volta ao Palmeiras, Borja foi emprestado ao Grêmio por cerca de R$ 6 milhões com uma cláusula de liberação em caso de proposta de venda para o exterior. E esta oferta veio no fim da temporada passada, quando o Junior Barranquilla comprou 50% dos direitos econômicos.

A apresentação de Borja no Grêmio — Foto: Lucas Uebel/Grêmio

A apresentação de Borja no Grêmio — Foto: Lucas Uebel/Grêmio

O time colombiano pagou R$ 15,3 milhões no ano passado, mas ainda tem um débito a acertar com o Palmeiras. Eles mantêm essa obrigação com o Verdão, já que a quantia não foi envolvida na negociação com o River Plate.

Para ter Borja em seu plantel, o clube argentino aceitou pagar cerca de US$ 7 milhões (R$ 36,5 milhões) de acordo com a imprensa argentina. O Verdão, que ainda tinha 50% dos direitos econômicos, deve ficar com metade do valor (cerca de R$ 18 milhões, valor que ainda deve ter descontos).

Os R$ 33 milhões que a Crefisa investiu em 2017 terão de ser devolvidos em até dois anos, com o valor corrigido pela taxa do CDI (Certificado de Depósito Interbancário).

Com a nova transferência de Borja, o Verdão deve baixar a dívida com a patrocinadora para menos de R$ 110,8 milhões, valor do débito depois dos R$ 47,5 milhões amortizados no ano passado, e os R$ 8,7 milhões que o clube já previa abater ao longo de 2022.

Fonte: Ge

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