‘Golpe do Tinder’ faz sete vítimas na Grande SP; três foram mortas

Criminosos se passam por pretendentes marcando encontros em aplicativos para programarem armadilhas para sequestros e roubos. 13 pessoas foram presas.


PM prende suspeitos de participarem do 'golpe do Tinder' e que mantinham vítimas em cativeiro — Foto: Reprodução

PM prende suspeitos de participarem do ‘golpe do Tinder’ e que mantinham vítimas em cativeiro — Foto: Reprodução

De janeiro a meados de fevereiro de 2022, sete pessoas foram vítimas do “golpe do Tinder” na Grande São Paulo, segundo dados da polícia. Três foram mortas.

As vítimas foram atraídas por bandidos em conversas por aplicativos de namoro- 4 casos foram na Brasilândia, na Zona Norte, um na região do Jaguaré, na Zona Oeste, e um em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo. Treze pessoas foram presas pelas Polícias Civil e Militar por participarem do esquema.

A Polícia Civil acredita que o número de vítimas seja ainda maior porque, por vergonha ou medo, pessoas sequestradas não fazem boletins de ocorrência.

Só nesta quarta-feira (23), outras três vítimas foram à Divisão Antissequestro da cidade de São Paulo prestar depoimento após terem sido atraídas em trocas de mensagens por aplicativos.

As vítimas conhecem os criminosos – supostos interessados em namoros ou relacionamentos – em aplicativos, pelos quais são marcados encontros. Só que, na verdade, a vítima é atraída para uma emboscada, onde é sequestrada ou assaltada. A polícia recomenda que encontros amorosos sejam marcados em locais públicos e com fluxo de pessoas.

Sequestros e roubos de pessoas atraídas por conversas mentirosas a partir de sites de namoro pelo celular ficaram mais frequentes há pelo menos dois anos. Em 2020, um homem marcou um encontro por aplicativo e, no lugar onde deveria encontrar uma mulher, apareceram cinco bandidos. Os criminosos queriam fazer saques em caixas eletrônicos ou compras com os cartões das vítimas.

Vítimas do 'golpe do Tinder' em SP em 2022 — Foto: Reprodução

Vítimas do ‘golpe do Tinder’ em SP em 2022 — Foto: Reprodução https://dff36df61fb5448b5845ef15aa983308.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Em agosto de 2021, outro homem foi pego dentro do carro pelos sequestradores e levado para um cativeiro, onde teve que entregar o celular para que os bandidos fizessem transferências bancárias pelo PIX.

Um das vítimas do golpe foi piloto de helicópteros de 26 anos que foi vítima dos bandidos que preparam uma armadilha, se passando por outras pessoas e marcando encontros pela internet. O encontro com a vítima foi marcado para a região do Rio Pequeno, na Zona Oeste da capital, só que era uma armadilha: no momento em que ele chegou ao local, foi abordado por criminosos armados que cercaram o veículo.

O piloto se assustou, deu ré, tentou fugir e os criminosos atiraram. Para a polícia, os criminosos buscavam sequestrar a vítima, pois já o esperavam em um carro escuro.

“As pessoas desceram armadas, ele se assustou, deu a ré, e o cara já tirou nele, atirou nele, ele tomou um tiro na barriga mas conseguiu dirigir até aqui e foi socorrido por um policial”, diz o pai da vítima, o técnico de seguros Luciano Fortini.

Na terça-feira (22), a PM prendeu 4 homens e 3 mulheres que mantiveram outra vítima – um homem – em cativeiro depois de outro encontro forjado. No cativeiro foi encontrada uma arma que pode ter sido usada em outros crimes.

Fonte: G1

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