Variante ômicron da Covid-19 já representa 50% dos novos casos na cidade de SP

Município contabiliza 69 casos da nova variante. Os dados são preliminares e o sequenciamento genético das variantes da doença foi feito em parceria com o Instituto Butantan.


OMS: estudos mostram que Ômicron atinge mais vias aéreas superiores

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A variante ômicron da Covid-19 já representa 50% de prevalência dos novos casos confirmados da doença na cidade de São Paulo, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira (4) pela prefeitura da capital.

Neste momento, o município contabiliza 69 casos da nova variante. Os dados são preliminares, e o sequenciamento genético das variantes da doença foi feito em parceria com o Instituto Butantan.

Desde a descoberta da variante delta, ainda predominante na capital, a prefeitura afirma que não interrompeu e sempre ampliou o monitoramento genômico de novos diagnósticos.

Semanalmente, a Secretaria municipal da Saúde envia para os institutos Butantan, de Medicina Tropical da USP, e Adolfo Lutz, cerca de 300 amostras para análise, sequenciamento genômico e monitoramento dos casos, o que representa cerca de 40% das amostras positivas.

Trata-se de um número amostral representativo, uma vez que o processo de genotipagem é utilizado justamente para monitorar os tipos de cepas circulantes na cidade.

Covid e Influenza


Pelo menos 24 moradores da cidade de São Paulo foram diagnosticados com gripe e Covid-19 ao mesmo tempo desde o início da pandemia, segundo dados divulgados nesta terça-feira (4) pela Secretaria da Saúde da capital.

Moradores de SP testam positivo para Covid e gripe ao mesmo tempo

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Na capital paulista, há relatos de hospitais que identificaram a dupla infecção pelos vírus Influenza e coronavírus com diagnósticos feitos na mesma semana ou até no mesmo dia.

Em outros lugares do Brasil, como Rio de Janeiro e Ceará, também há registros.

Em São Paulo, a jornalista Giulia Fernandez recebeu a confirmação para Covid-19 e Influenza na mesma ocasião. Os testes foram feitos no dia 20 de dezembro em um hospital particular.

“Como meus sintomas começaram no mesmo dia e fiz teste no mesmo dia, e os dois deram positivo, o período de isolamento foi o mesmo, 10 dias. Mas foram dias muito complicados, quatro dias de cama que eu não conseguia levantar, e a partir disso fui melhorando aos pouquinhos”, contou.

Covid e Influenza: Rio, São Paulo e Ceará têm casos de dupla infecção

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O tratamento duplo ocorreu também na casa do contador Mario Martins Bastos Junior. Tanto ele quanto a esposa foram diagnosticados com Covid-19. Antes disso, o filho, de 19 anos, recebeu um teste positivo para Influenza.

O resultado dos exames tem dois dias de diferença: dia 28 de dezembro para influenza e dia 30 para Covid-19.

“Meu filho está bem, nós três estamos bem, medicados, só o que está perturbando mais é a tosse seca”, disse o contador.

Mulher usando máscara de proteção facial passa diante de um cartaz com alerta sobre o coronavírus na região central de São Paulo — Foto: NELSON ANTOINE/ESTADÃO CONTEÚDO

Mulher usando máscara de proteção facial passa diante de um cartaz com alerta sobre o coronavírus na região central de São Paulo — Foto: NELSON ANTOINE/ESTADÃO CONTEÚDO

Como ficam os sintomas e o tratamento

Médicos ouvidos pela TV Globo explicaram que a dupla infecção não deve trazer, necessariamente, um aumento no sintoma das duas doenças.

Segundo a infectologista Mirian Dal’Ben, do Hospital Sírio Libanês, a infecção dupla não aumenta as chances de óbito nem faz com que as doenças sejam mais leves.

“O importante é que as pessoas precisam saber que a gente não tem nada ainda na ciência que fale pra gente que pegar as duas coisas ao mesmo tempo aumente as chances da pessoa morrer ou que faça a doença talvez ser mais leve. Nenhuma das duas coisas”, disse a médica.

“A gente acaba tendo que acompanhar as duas doenças como a gente faria se a pessoa tivesse pegado de forma independente”, explicou.

Aumento de casos

Pacientes ficam deitados em corredores à espera de atendimento no Hospital do Servidor, na Zona Sul de SP — Foto: Reprodução TV Globo

Pacientes ficam deitados em corredores à espera de atendimento no Hospital do Servidor, na Zona Sul de SP — Foto: Reprodução TV Globo

Hospitais públicos e privados da cidade de São Paulo têm registrado aumento no fluxo de pessoas com sintomas gripais nas últimas semanas, o que tem provocado filas e maior tempo de espera por atendimento. Em prontos-socorros municipais, pacientes afirmam que a espera pode chegar a 6 horas.

Os hospitais São Camilo, Beneficência Portuguesa, Einstein e Santa Catarina confirmaram aumento repentino de pacientes.

Além dos vírus Influenza A e B, que provocam a gripe, a circulação de outros vírus também pode estar por trás do crescimento repentino de um “conjunto de doenças respiratórias”, segundo os médicos.

As hospitalizações de casos suspeitos ou confirmados de Covid-19 também aumentaram. A média móvel de pacientes internados com Covid-19 nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) no estado voltou a crescer após 6 meses de queda, de acordo com dados do governo.

Fonte: G1

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