— Cabe a cada departamento saber se pode tocar com aquela verba que será pré-estabelecida. Uma coisa é certa: dinheiro do futebol não vem mais para o clube social. Vamos utilizar o dinheiro arrecadado no clube social para tocar as equipes do clube social — explicou o presidente corintiano.

O pano de fundo desta decisão é a profunda crise financeira que o Corinthians atravessa, precisando reduzir despesas, ao mesmo tempo em que cada departamento tem de arranjar meios de se bancar, independentemente dos recursos do futebol.

Segundo Stabile, os gastos com os esportes terrestres estão perto dos R$ 27 milhões neste ano. O objetivo é reduzi-los para R$ 12 milhões.

De cerca de R$ 40 milhões previstos de arrecadação no clube social, R$ 20 milhões são para folha de pagamento e R$ 20 milhões para distribuição aos outros esportes do clube.

O departamento de futsal vem reduzindo os custos para se adequar à nova determinação, assim como o basquete precisa encontrar patrocínios que banquem as atividades, sob risco de os times do Corinthians serem descontinuados no meio do ano que vem.

— Vamos trabalhar com afinco e dedicação para buscarmos recursos, parceiros para que possamos tocar. Algumas empresas já entraram em contato conosco para saber o volume de dinheiro que precisa para tocar e a gente, se conseguir, vai continuar. Se não conseguir, vai congelar. O futsal é a mesma coisa. Já diminuíram o custo — detalhou Stabile.

O balancete de julho, o último divulgado pelo Corinthians, mostra que a dívida chegou ao patamar de R$ 2,7 bilhões.

Nos sete primeiros meses de 2025, o Corinthians registrou déficit de R$ 103 milhões. A previsão do clube é terminar 2025 com um resultado financeiro negativo em R$ 83,3 milhões.