A quadrilha atuava em diversas cidades do estado de São Paulo e tinha como alvo principalmente correntistas idosos.

Segundo as investigações, o grupo instalava um dispositivo em caixas eletrônicos para reter cartões bancários, apelidado justamente de “chupa-cabra”.

A ação foi realizada por agentes do GARRA/DOPE, em apoio à Divisão de Capturas e ao DEINTER-8, e cumpre oito mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão.

De acordo com a polícia, os criminosos agiam principalmente entre sexta-feira e domingo. O esquema consistia em instalar o equipamento fraudulento nos caixas eletrônicos, reter o cartão da vítima e abordá-la sob o pretexto de ajuda.

Em seguida, induziam o correntista a ligar para um falso número de atendimento bancário, divulgado em papéis deixados nas agências.

Na ligação, integrantes da quadrilha se passavam por atendentes e orientavam a vítima a fornecer dados pessoais e senhas. Com essas informações, os criminosos retornavam ao terminal e realizavam saques e transferências indevidas.

“A investigação começou há um ano. A operação é de extrema importância para conter a atuação de uma quadrilha altamente organizada e itinerante, responsável por golpes sofisticados que vêm causando prejuízos significativos a vítimas em diversas cidades do Estado. A ação desencadeada hoje não apenas interrompe a continuidade delitiva, como também permitirá identificar outros integrantes do grupo criminoso, fortalecendo a responsabilização dos envolvidos e a proteção da população”, disse o delegado da Polícia Civil responsável pela operação, Marcelo Aparecido.

A operação também ganhou o nome de “chupa-cabra”, em alusão ao aparelho instalado pelos criminosos nos caixas eletrônicos.

O inquérito policial foi instaurado para apurar crimes de furto qualificado mediante fraude (art. 155, §4º, II e IV, do Código Penal) e associação criminosa (art. 288, CP), ocorridos em 22 de janeiro de 2025, no município de Palmital (SP).

As investigações começaram há cerca de um ano, após golpes semelhantes registrados em setembro e novembro de 2024, também em Palmital.

As diligências revelaram que se tratava de uma quadrilha itinerante e estruturada, com divisão de tarefas e atuação em cidades como Presidente Venceslau, Martinópolis, Ourinhos, Cândido Mota, Piraju e Junqueirópolis.

De acordo com a Polícia Civil, o grupo apresentava alto nível de organização, combinando engenharia social e manipulação tecnológica para enganar as vítimas.