Escola estadual na Zona Sul de SP está com paredes rachadas e sala interditada; alunos temem que estrutura desabe

Parte do forro do teto de sala da Escola Estadual Gualter da Silva, na Vila Moinho, chegou a cair; diretoria e administração também foram bloqueadas. Aulas, no entanto, seguem normalmente. Secretaria da Educação nega risco de desabamento.


Vídeo mostra teto de sala de aula que desabou em escola estadual

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Alunos da Escola Estadual Gualter da Silva, na Vila Moinho, Zona Sul de São Paulo, afirmam que a escola está correndo risco de desabamento. Paredes do colégio estão com rachaduras e uma parte do forro do teto de uma sala de aula chegou a desabar.

“Muitas mães já vieram aqui reclamar na frente da escola e nada foi feito. As paredes estão ameaçando cair, hoje vai ter uma reunião para falar sobre isso. Fico muito preocupada, meu neto não queria vir, mas como ficou muito tempo em casa por causa da pandemia, não pode perder aula. Mas eu fico preocupada, imagina se acontece uma desgraça, e a gente acaba perdendo um filho por causa disso?”, questiona Maria Bethânia, 58 anos, avó de um aluno.

Parte da parede de uma área da escola rachada. — Foto: Reprodução/ Redes sociais

Parte da parede de uma área da escola rachada. — Foto: Reprodução/ Redes sociais https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Parte do teto da escola também apresenta rachaduras. — Foto: Reprodução/ Rede social

Parte do teto da escola também apresenta rachaduras. — Foto: Reprodução/ Rede social

Todas as escolas da rede estadual de São Paulo voltaram a receber 100% dos alunos todos os dias da semana e sem necessidade de distanciamento desde 3 de novembro. Os estudantes devem comparecer presencialmente, com algumas exceções.

O g1 esteve na escola na terça-feira (9), no horário da entrada do turno da tarde, e poucos alunos estavam no local. Alguns deles informaram que as áreas da diretoria da escola e da administração foram interditas por conta dos problemas de estrutura.

A reportagem tentou contato com a diretora da escola por telefone e presencialmente na terça e nesta quarta (10), mas não obteve resposta nem foi recebida.

Entrada da escola Gualter da Silva. — Foto: Deslange Paiva/ g1 SP

Entrada da escola Gualter da Silva. — Foto: Deslange Paiva/ g1 SP https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Segundo os alunos, várias salas do andar superior também estão fechadas e alguns canos da escola estão estourando. “O que nos falam é que tem risco de cair o teto, mas não vi ninguém sendo chamando para arrumar”, afirma uma aluna.

Pessoas ligadas à escola criaram um perfil nas redes sociais para denunciar os problemas estruturais da instituição. Fotos e vídeos mostram rachaduras já alargadas, problemas em fiação e encanamentos. As imagens publicadas foram compartilhadas pelo deputado estadual Douglas Garcia (PTB), que afirmou já ter solicitado que a Secretaria de Educação tome medidas urgentes para solucionar as questões.

Em nota, a Secretaria de Educação de São Paulo (Seduc-SP) informou que “que não procedem os relatos apontados pela reportagem a respeito de canos estourados e risco de desabamento”.

E que “no dia 4 de novembro a escola recebeu visita de um engenheiro da Defesa Civil, que avaliou o local. Ontem (08/11), uma arquiteta da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) também esteve na unidade para avaliação e orientações”.

A secretaria informou ainda que “as aulas presenciais ocorrem normalmente na unidade, já que as questões estruturais a serem reformadas se encontram nas áreas administrativas, sem qualquer prejuízo ou interferência na rotina pedagógica dos estudantes. Os ocupantes das áreas em questão foram realocados para outros ambientes”.

Segundo a pasta, em 2021, a unidade recebeu cerca de R$ 203 mil de repasses do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), destinados para a realização de melhorias, como conservação, manutenção e reparo de seu espaço físico. O valor disponibilizado pelo programa deve ser utilizado para agilizar o conserto de problemas pontuais da unidade de ensino, mas não existe necessidade de que o uso seja justificado.

Fiscalização surpresa TCE-SP

Na segunda-feira (8) cerca de 500 agentes de fiscalização do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) realizaram em 486 unidades de ensino – 346 escolas municipais e 140 estaduais – distribuídas em 348 municípios do estado. A capital paulista, no entanto, deve ser vistoriada pelo Tribunal de Contas do Município. https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Um balanço parcial do TCE-SP apontou que cerca de 60% dos locais vistoriados possuem problemas com os veículos que fazem o transporte escolar, além de serem encontrados problemas nas estruturas das escolas e alimentos vencidos.

Fonte: G1

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