O que faz uma escola estar entre as melhores do mundo? A Escola Estadual Parque dos Sonhos, em Cubatão (SP), tem a resposta. A instituição brasileira acaba de conquistar o World’s Best School Prize 2025, na categoria “Superação de Adversidades”, premiação internacional da organização britânica T4 Education que reconhece iniciativas educacionais transformadoras.

O pátio da escola se transformou em palco de celebração nesta terça-feira (30). Telões foram montados, camisetas personalizadas vestiam toda a equipe e cada canto transbordava expectativa. Entre o público, estavam alunos, professores, familiares e autoridades do governo do estado, todos à espera do anúncio transmitido online para o mundo inteiro. Quando o nome da Parque dos Sonhos apareceu entre as vencedoras, a emoção tomou conta do espaço, arrancando aplausos, gritos e lágrimas de orgulho.

Além do Brasil, outras cinco escolas de diferentes países (Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, México, Malásia e Índia) foram reconhecidas como vencedoras nas categorias Colaboração Comunitária, Ação Ambiental, Inovação, Superação de Adversidades e Apoio a Vidas Saudáveis (confira as ganhadoras ao final do texto).

Criada em 2022, no período pós-pandemia, a premiação se consolidou como a mais prestigiosa do setor ao valorizar práticas que impactam positivamente a vida dos estudantes dentro e fora da sala de aula.

O Porvir é parceiro do prêmio e da T4 Education, e vai acompanhar a cerimônia de entrega aos vencedores. O evento acontece em novembro, na cidade de Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos).

Da escola estigmatizada à referência internacional

Quem acompanha o Porvir já sabia que a gestão da Parque dos Sonhos vem transformando a escola há algum tempo. Durante anos, a instituição foi conhecida como “Parque dos Pesadelos”, apelido que refletia uma realidade de invasões, depredações, furtos, violência e evasão. A comunidade via a escola como um espaço de risco e não de acolhimento.

Esse cenário começou a mudar em 2016, quando o professor Régis Marques Ribeiro assumiu a direção e lançou o projeto “Transformando Pesadelos em Sonhos”. Logo nos primeiros dias, encontrou vidros quebrados por pedras e um ambiente em que muitos estudantes rejeitavam as aulas e estavam fora da série-idade adequada. “No segundo dia em que assumi a direção, encontrei cinco pedras na minha sala. Haviam apedrejado os vidros”, relembra. Clique aqui para relembrar a matéria do Porvir.

“Nós éramos marcados pela violência, com alunos muito agressivos que não se respeitavam. Hoje, com projetos de convivência, rodas de conversa e o trabalho da tutoria, conseguimos transformar esse cenário”.

Cultura de paz e protagonismo estudantil

A virada aconteceu a partir de um trabalho intencional, baseado na não violência e no reconhecimento dos estudantes como sujeitos de direitos. “Olhamos para os alunos como seres humanos e, com isso, conseguimos transformar a realidade”, conta o diretor. “Saímos de 150 para quase 600 alunos, muitos deles participando também no contraturno e até nos finais de semana. Isso mostra que a escola se tornou um espaço de pertencimento, acolhimento e referência para a comunidade.”

Entre os destaques está o programa “A Escola vai à sua Casa”, no qual professores visitam famílias para compartilhar planos pedagógicos e reforçar vínculos. “Na Parque dos Sonhos, aprendemos que o conhecimento deve caminhar de mãos dadas com a não violência, construindo pontes e não muros. Acreditamos que a verdadeira educação liberta, acolhe e promove a dignidade do ser humano. Assim como o ódio se aprende, o amor também”, conta Régis.

Hoje, a escola é reconhecida por projetos que valorizam arte, cultura e esporte, e acaba de ser incluída entre as dez melhores do mundo em uma premiação internacional. Para o diretor, o diferencial não está em realizar algo inalcançável, mas em incentivar professores e estudantes a criar, ouvir e transformar. “Muitas das iniciativas surgem dos próprios alunos. Eles chegam com uma ideia, nós apoiamos e avaliamos juntos. É assim que construímos essa trajetória”, conta.

“A melhor coisa que fiz foi vir para essa escola”

Quem confirma essa sensação de acolhimento é o estudante Matheus, de 12 anos, que está no 6º ano. “Eu gosto daqui porque é uma escola muito boa, eles ensinam muito e nunca deixaram faltar nada para a gente. Os professores são incríveis, as cozinheiras também. Aqui tem muita coisa legal: natação, vôlei, basquete… é muito bom para a gente estudar numa escola pública que está no top 10 do mundo. Eu amo muito essa escola, desde o primeiro ano.”

Já para Breno, de 14 anos, aluno do 9º ano, a escola representa uma virada de perspectiva. “Essa escola foi a minha vida. A melhor coisa que eu fiz foi vir para cá. Eu nunca tinha visto uma escola como essa: tem esporte, diversão, teatro, jornal… mudou tudo. O período integral, que eu achava que seria ruim, foi na verdade a melhor experiência da minha vida.”

Praticante de vôlei e integrante do jornal escolar, Breno também destaca a importância de ter acesso a oportunidades que outras escolas não oferecem.

“O esporte mudou a minha vida completamente desde o início. Essa escola e o vôlei foram as melhores coisas que já aconteceram comigo. Participar do jornal também é muito bom, porque a gente vai para a rua, conversa com as pessoas, pergunta o que elas acham de uma escola ideal e mostra como os nossos projetos mudam vidas.”

O reconhecimento internacional traz orgulho, mas também novas responsabilidades. “Quando nos inscrevemos, foi quase sem pretensão. Agora, estar entre as melhores do mundo mostra que precisamos continuar aprendendo. Ainda enfrentamos dificuldades, como falta de água ou merenda, mas seguimos buscando melhorar sempre”, conta o diretor.

A mesma sensação de compromisso aparece na fala dos professores. Para Laís Matos dos Santos, de língua portuguesa, lecionar na Escola Parque dos Sonhos é motivo de realização.

“Dar aula aqui é realmente um sonho. A escola é acolhedora, os alunos abraçam os projetos e são muito engajados. Esse título de melhor escola do mundo é resultado de um esforço coletivo de professores, gestores e estudantes. Nossa responsabilidade agora é seguir em frente, com ainda mais dedicação”, diz, orgulhosa.

Resultados que inspiram

Os impactos são expressivos. Desde a implementação do novo modelo, a matrícula de alunos cresceu 500% e não há registros de vandalismo desde 2021. Projetos extracurriculares também se fortaleceram: a patinação artística, que começou com nove alunos em 2017, hoje reúne 80 participantes, com um deles conquistando bolsa de estudos nos Estados Unidos. Atualmente, 21 projetos liderados pelos estudantes estão em andamento, todos voltados à valorização do ser humano, ao fortalecimento da aprendizagem e à transformação social.

Para o futuro, a principal novidade é a expansão: em 2026, o Parque dos Sonhos passará a oferecer ensino médio, dobrando o número de estudantes de 600 para 1.200. A meta é formar líderes preparados para ingressar na universidade, sempre orientados por uma pedagogia da não violência.

“Nosso mundo está em uma encruzilhada e é em escolas como o Parque dos Sonhos que os líderes podem encontrar as respostas de que precisam”, afirmou Vikas Pota, fundador da T4 Education, durante o anúncio das escolas vencedoras. Para Renato Feder, secretário esde Educação de São Paulo, a conquista é “um marco histórico para a rede estadual, resultado do esforço coletivo da comunidade escolar e um exemplo poderoso de que, por meio da educação, crianças e jovens podem realizar seus sonhos”

Inscrições abertas para o Prêmio Melhores Escolas do Mundo 2026
Estão abertas até 6 de março de 2026 as inscrições para a edição de 2026 do prêmio, no site worldsbestschool.org. Podem concorrer escolas de educação infantil, fundamental, médio e instituições online legalmente registradas junto aos Ministérios da Educação.

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Conheça as escolas internacionais vencedoras

Prêmio Inovação

A Franklin School, uma escola de ensino médio em Jersey City, Nova Jersey (EUA), oferece metodologias de aprendizagem inovadoras que integram tecnologia e design em um Fab Lab de ponta, proporcionando experiências personalizadas para desenvolver competências práticas e formar solucionadores de problemas complexos.

Com a visão de reinventar a educação para o século 21 e superar a ideia de que crianças são jovens demais para liderar, a escola investiu em inovação para deixar de lado as disciplinas escolares tradicionais, adotando um modelo focado no desenvolvimento de habilidades e na aprendizagem aplicada — não apenas em projetos.

O campus da Franklin é ancorado por seu Fab Lab, um espaço que integra design com matemática, inglês e ciências, onde os estudantes lideram projetos reais de longo prazo. Nesse ambiente, eles aprendem a programar, fabricar protótipos, projetar robôs e treinar modelos de inteligência artificial.

Por meio de filosofias de aprendizagem aplicada e experiencial, os alunos desenvolvem pensamento crítico, resolução de problemas complexos com base comunitária, empatia e colaboração, capacitando-se a perseguir seus interesses e assumir o controle de seu futuro. Um sistema abrangente de apoio acadêmico garante que cada estudante floresça tanto acadêmica quanto emocionalmente.

A Franklin School se tornou um polo de aprendizagem graças ao seu currículo rigoroso e inovador. Nos últimos três anos, o número de matrículas dobrou anualmente, refletindo a confiança das famílias no modelo visionário da escola. Os estudantes venceram desafios globais de inovação por dois anos consecutivos e receberam reconhecimento internacional por suas aplicações tecnológicas de ponta.

Os projetos liderados pelos alunos vão além das competições e alcançam a comunidade, abordando questões como empreendedorismo ecológico e sustentabilidade. Além disso, a escola oferece formação continuada para professores de outras instituições da região, recebendo visitantes que desejam aprender com seu modelo pedagógico.

Ao transformar a experiência escolar em um espaço onde inovação e conteúdo acadêmico têm o mesmo peso, e os alunos são estimulados a liderar, a Franklin School se consolidou como uma plataforma de lançamento para os empreendedores do futuro.

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Prêmio Ação Ambiental

A Arbor School, uma escola independente que atende da educação infantil ao ensino médio, localizada em Al Furjan, Dubai (Emirados Árabes Unidos), integrou a ecoalfabetização ao currículo para formar pensadores críticos e solucionadores de problemas por meio de projetos reais que enfrentam desafios como a redução de resíduos, eficiência energética e outras questões ambientais.

A inserção da sustentabilidade, da responsabilidade ética e da educação ambiental no modelo de ensino foi uma resposta direta ao papel fundamental da educação na superação das crises ecológicas. O currículo de ecoalfabetização é composto por projetos investigativos que conectam as disciplinas escolares a desafios globais de sustentabilidade e promovem o aprendizado ao ar livre e em contato com a natureza, permitindo aos alunos desenvolver habilidades essenciais enquanto constroem conhecimento.

O campus possui seis biodomos que funcionam como laboratórios vivos, nos quais os alunos aprendem sobre cultivo de plantas, ecossistemas e práticas sustentáveis. Um dos exemplos é o Dubai Oysters Project, no qual estudantes colaboraram com restaurantes locais e organizações ecológicas para restaurar recifes naturais na costa de Dubai. Os biodomos (um grande ecossistema artificial ou aquaterrário, geralmente abrigado em uma estrutura de cúpula) e espaços de aprendizagem ao ar livre tornaram-se elementos centrais da abordagem pedagógica, conectando teoria e prática de maneira significativa.

Fora da sala de aula, a escola implementou diversas práticas sustentáveis, como redução de resíduos, conservação de energia e uso de ônibus movidos a biodiesel, o que ajuda a reduzir a pegada ambiental e a desenvolver nos alunos um senso de propósito. Muitos estudantes lideram seus próprios projetos ecológicos em casa, influenciando familiares e comunidades a adotarem hábitos mais sustentáveis.

As iniciativas ambientais da escola geraram impacto duradouro entre alunos, equipe e comunidade. Os estudantes desenvolvem profunda compreensão de princípios ecológicos e participam ativamente das práticas sustentáveis. Foram criadas funções de liderança como Conselho Ecológico, embaixadores ambientais e até “influenciadores ecológicos”. Muitos alunos buscam carreiras verdes e certificações sustentáveis por iniciativa própria. Dois grupos de estudantes foram convidados a apresentar seus projetos na COP28. A escola também realiza oficinas para compartilhar boas práticas, influenciando outras escolas na região.

Ao promover a investigação liderada pelos estudantes e construir um currículo baseado em causas reais, a Arbor School forma aprendizes com uma paixão genuína por fazer a diferença em suas comunidades.

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Prêmio Colaboração com a Comunidade

A A Favor del Niño (AFN), uma escola beneficente que oferta educação infantil, ensino fundamental e educação complementar no ensino médio na Cidade do México, está transformando os resultados educacionais de estudantes em situação de vulnerabilidade por meio de um modelo comunitário de 360 graus, cocriado com as famílias, que redefine o conceito de cuidado infantil ao estabelecer um espaço de responsabilidade compartilhada e apoio socioemocional.

Para romper ciclos profundamente enraizados de pais e cuidadores ausentes ou desconectados, pobreza, má nutrição e problemas de saúde, o modelo educacional garante que cada criança faça parte de uma rede de educadores, famílias e parceiros comunitários. Essa aliança prepara os alunos para o sucesso acadêmico e para uma vida plena dentro e fora da escola.

A partir da crença de que mudanças duradouras só podem ocorrer por meio do esforço coletivo, a escola se transformou em uma aliança sólida rumo a um objetivo comum. Professores, pais, organizações locais e líderes comunitários compartilham o senso de responsabilidade por um processo que valoriza tanto o aprendizado acadêmico quanto o bem-estar físico, emocional e mental das crianças.

Com uma abordagem pedagógica baseada em projetos e o engajamento intencional de toda a comunidade, os alunos são incentivados a liderar seus próprios processos de aprendizagem, resultando em melhorias significativas nos índices de alfabetização, matemática e permanência escolar, além de um notável fortalecimento das competências socioemocionais.

Como resultado, 100% dos alunos egressos ingressam com sucesso em escolas secundárias de alto desempenho. O desempenho acadêmico é consistentemente elevado, com notas médias acima de 8 em todas as séries. O programa comunitário Cuidadores en Acción (“Cuidadores em ação”), que incentiva pais e familiares a participarem ativamente do desenvolvimento dos filhos, teve taxa de participação de 89% em 2024, atende 310 crianças e cerca de 800 membros de 258 famílias. O programa inspirou a criação de um manual oficial que será publicado para replicação em outras escolas da região.

Em termos de saúde e nutrição, a escola fornece mais de 189 mil refeições por ano e alcançou 100% de cobertura vacinal contra o HPV para meninas. Deixando de ser apenas uma escola para se tornar uma comunidade coletiva que trabalha junta por um resultado comum, a AFN está rompendo o ciclo de pobreza intergeracional e garantindo que cada criança tenha a chance de prosperar além da sala de aula.

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Prêmio Promoção da Vida Saudável

A SK Putrajaya Presint 11(1), uma escola pública de ensino fundamental em WP Putrajaya, Malásia, está quebrando as barreiras ligadas à saúde mental e ao bem-estar com o HELPIE, um aplicativo móvel criado por estudantes, para estudantes, que torna o apoio emocional acessível, interativo, envolvente e, acima de tudo, divertido.

Com mais de 1.400 alunos, a saúde mental é uma prioridade. Uma pesquisa realizada em 2023 revelou que 34% dos estudantes estavam estressados e 47% tinham dificuldade para expressar suas emoções. Também foi identificado que muitos não sabiam como buscar ajuda e relutavam em compartilhar suas angústias com os pais.

Diante desse cenário, um grupo de estudantes e professores trabalhou conjuntamente para projetar, programar e aprimorar o aplicativo, que oferece ferramentas de gestão do estresse de forma lúdica e interativa. Elementos de gamificação tornam a conscientização emocional mais atrativa; autoavaliações ajudam os alunos a entender seus níveis de estresse e gatilhos emocionais; e um chat integrado a um terapeuta online permite acesso rápido a orientações. Cartões impressos complementam o aplicativo com atividades guiadas, incentivando discussões abertas sobre emoções, seja em grupo ou individualmente.

Para promover o envolvimento da comunidade, o aplicativo também coordena campanhas de conscientização. E para garantir a inclusão de estudantes sem acesso a dispositivos, o app foi instalado em tablets da escola disponíveis durante o horário escolar.

Desde sua adoção, o nível de estresse dos alunos caiu 60%. Mais de 90% afirmam compreender melhor suas emoções, e 87% dizem entender melhor seus níveis de estresse. Professores se sentem mais preparados para apoiar emocionalmente os alunos e relatam melhora de 40% no comportamento em sala. Pais e a comunidade estão mais envolvidos no apoio à saúde mental das crianças.

A escola está em processo de disponibilizar o HELPIE na Google Play para que outras instituições possam adotá-lo em seus programas de aconselhamento escolar.

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Prêmio Escolha da Comunidade

A ZP Primary School Jalindarnagar, uma escola pública de ensino fundamental em Taluka Khed, Maharashtra (Índia), está impactando positivamente o ensino público ao adotar um modelo de aprendizagem liderado por estudantes chamado Amigo da Matéria, sistema de aprendizagem entre pares em que estudantes de diferentes idades ensinam e aprendem juntos.

Em uma comunidade marcada por dificuldades socioeconômicas, a escola, que estava prestes a ser fechada com apenas três alunos, tornou-se modelo de transformação. A escassez de professores e a crença de que crianças aprendem melhor com os colegas motivaram o diretor e um dos dois únicos professores da escola, Dattatray Ware Guruji, a implementar o sistema. Os alunos são organizados em grupos, liderados por colegas mais velhos e experientes, que auxiliam os mais jovens com as tarefas e explicações.

O grande valor do modelo está em promover salas de aula inclusivas baseadas na colaboração e não na competição, garantindo que nenhum aluno fique para trás. Os estudantes compartilham a responsabilidade por tudo: do aprendizado à alimentação, passando pelo cuidado com as hortas escolares.

Com essa abordagem, a escola reverteu a ideia de que escolas públicas não têm futuro e elevou os padrões educacionais. Disciplinas como programação, robótica, eletrônica e multilinguismo foram incorporadas ao currículo. Hoje, a escola atende 120 estudantes confiantes e preparados. O modelo foi oficialmente adotado pelo governo para ser replicado em outras escolas do país. A comunidade também se engajou, com pais e profissionais oferecendo oficinas de eletrônica, carpintaria, encanamento, línguas e ciências. Voluntários ajudam na manutenção do prédio e das hortas, transformando o espaço em símbolo de orgulho coletivo e pertencimento.