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Gestão Nunes anuncia concurso nacional para escolher projeto do futuro Parque do Bixiga, no Centro de SP

Por Redação g1 SP — São Paulo

Terreno do futuro Parque do Bixiga, na Bela Vista, Centro de São Paulo. — Foto: Divulgação/PMSP

Terreno do futuro Parque do Bixiga, na Bela Vista, Centro de São Paulo. — Foto: Divulgação/PMSP

A Prefeitura de São Paulo confirmou nesta quinta-feira (24) que o projeto do futuro Parque do Bixiga, tradicional bairro no Centro da capital, será escolhido por meio de um concurso nacional. O edital deve ser lançado até o início de 2026.

O terreno, que pertencia ao Grupo Silvio Santos, foi alvo de disputa com o dramaturgo José Celso Martinez Corrêa por anos. A área foi comprada pela prefeitura por R$ 65 milhões para abrigar uma nova área verde.

O Concurso Público Nacional de Arquitetura será coordenado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), responsável por organizar o certame e conduzir todas as etapas do processo.

Segundo a gestão Ricardo Nunes (MDB), a iniciativa garantirá que o parque seja desenvolvido com “alto padrão técnico, transparência e ampla participação da sociedade”.

A proposta vencedora será premiada e contratada pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) para elaborar o projeto executivo da nova área verde.

Segundo a gestão municipal, “além de valorizar a arquitetura e o urbanismo nacionais, o formato por concurso permite a escuta qualificada da população local”. Estão previstas ações de consulta pública para incorporar as necessidades e expectativas da comunidade do Bixiga.

De acordo com a SVMA, a escolha por concurso vai assegurar qualidade e diversidade de ideias.

Projeto do Parque Bixiga criado por ativistas — Foto: Divulgação

Projeto do Parque Bixiga criado por ativistas — Foto: Divulgação

Implantação do parque

O futuro Parque do Bixiga foi oficialmente incluído no sistema de áreas verdes da capital com a sanção da Lei 18.157/2024, resultado da Revisão Intermediária do Plano Diretor Estratégico.

Parte dos recursos para a compra do terreno – R$ 51 milhões – foi destinada ao parque pelo Ministério Público de São Paulo, num acordo de não-persecução cível pena com a Universidade Nove de Julho.

A implantação do parque está prevista por meio da Transferência do Direito de Construir (TDC), mesmo instrumento utilizado nos parques Augusta e Mooca, também construídos com acordos semelhantes costurados pelo promotor Silvio Marques, do MP-SP.

“O novo parque terá papel fundamental na requalificação ambiental, urbanística e social do centro expandido. A criação do equipamento responde a uma demanda histórica de moradores e movimentos sociais por mais espaços públicos acessíveis, sustentáveis e integrados à vida da cidade”, afirmou a gestão municipal.

Silvio Santos e Zé Celso em uma das reuniões com a Prefeitura de SP para tratar sobre o terreno que dará origem ao Parque do Bixiga. — Foto: Reprodução/Youtube

Silvio Santos e Zé Celso em uma das reuniões com a Prefeitura de SP para tratar sobre o terreno que dará origem ao Parque do Bixiga. — Foto: Reprodução/Youtube

Disputa do terreno com o Metrô

Conforme a TV Globo divulgou em junho, o terreno onde será construído o futuro Parque do Bixiga, na região central de São Paulo, pode ser parcialmente utilizado como canteiro de obras da Linha 19-Celeste do Metrô antes mesmo da criação do parque. A informação foi obtida pelo SP2, que teve acesso a documentos internos da companhia.

A área fica no cruzamento das ruas Jaceguai e Abolição, na Bela Vista, e foi adquirida pela Prefeitura de São Paulo em agosto de 2023 por R$ 65 milhões. A proposta era transformar o espaço de 11 mil metros quadrados em um parque público, após décadas de reivindicação da população local.

No entanto, segundo o projeto básico do Metrô, cerca de mil metros quadrados do terreno – o equivalente a 9% da área total – poderão ser usados temporariamente para apoiar as obras da Linha 19-Celeste. A área inclui também parte da Praça Pérola Byington.

Parque do Bixiga é negociado como canteiro de obras do Metrô antes mesmo de ser construído

Parque do Bixiga é negociado como canteiro de obras do Metrô antes mesmo de ser construído

O projeto da nova linha prevê a construção de um poço de ventilação e saída de emergência (VSE) na Rua Santo Amaro, onde atualmente funciona um posto de combustíveis.

De acordo com o Metrô, o uso será temporário e a área será devolvida após a conclusão da linha, que deve levar seis anos e dois meses a partir do início da construção.

A licitação da Linha 19-Celeste está prevista para julho deste ano. A linha terá 15 estações e cerca de 18 km de extensão, ligando Guarulhos ao Vale do Anhangabaú, no Centro de São Paulo.

Fonte: G1

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