Julgamento de ex-deputado Fernando Cury por importunação
Julgamento de ex-deputado Fernando Cury por importunação sexual contra Isa Penna acontece nesta quarta em SP
Cury foi flagrado por uma câmera na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), em 16 de dezembro de 2020, apalpando os seios da então deputada.
O deputado estadual Fernando Cury (Cidadania) na Assembleia Legislativa de SP (Alesp) — Foto: Divulgação/Agência Alesp
A Justiça de São Paulo marcou para as 13h30 desta quarta-feira (26) a audiência de instrução, o debate e o julgamento do ex-deputado estadual Fernando Cury, que é acusado de importunação sexual contra a também ex-parlamentar Isa Penna.
Segundo a decisão da juíza Danielle Galhano Pereira da Silva, da 18ª Vara Criminal do Foro Central da Barra Funda, a audiência será por videoconferência.
Em dezembro de 2020, uma câmera de segurança da Alesp flagrou o momento em que Cury passou a mão no seio da colega no plenário, em um abraço por trás, durante a votação do orçamento do estado para 2021.
Cury foi suspenso do mandato por 180 dias pelo Conselho de Ética da Alesp e expulso do partido Cidadania. O Tribunal de Justiça recebeu a denúncia do Ministério Público contra Cury em dezembro de 2021.
Ele só foi notificado em outubro de 2021. À época, a defesa de Fernando Cury alegou que ele “não teve a intenção de desrespeitar a colega do PSOL ou assediá-la” no que chamou de “leve e rápido abraço”, mas a até então deputada o acusou ao Conselho de Ética da Casa Legislativa e defendeu a cassação do mandato dele.
A punição de seis meses implicou a paralisação do mandato e do gabinete de Cury, com a consequente posse do suplente, Padre Afonso (PV), que integrava a coligação que o elegeu e que pôde formar sua própria equipe.
‘Desaparecido’ da Justiça
Vídeo mostra deputado Fernando Cury passando a mão na deputada Isa Penna na Alesp
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) autorizou, anteriormente, a abertura de uma investigação criminal contra o deputado estadual Fernando Cury.
A decisão atendeu a um pedido feito pelo Ministério Público de São Paulo, que havia solicitado a autorização por conta do foro privilegiado.
Com as investigações avançadas, o MP denunciou o deputado pelo crime de importunação sexual.
“Espero que esse caso não seja tratado de forma leviana”, diz deputada Isa Penna
Fonte: G1