Com aumento de doenças respiratórias entre crianças, ocupação de UTIs pediátricas chega perto do limite no estado de SP
Na rede municipal da capital, ocupação chega a 83% dos leitos de enfermaria e 85% das UTIs infantis. Vírus sincicial respiratório, que ainda não tem vacina, é apontado como responsável pela maior parte das internações.
UTIs infantis estão lotadas em SPhttps://aaf79011bac3243f295425b716072cce.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
O aumento no número de crianças internadas com sintomas de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) levou as enfermarias e UTIs pediátricas do estado de São Paulo a operar perto do limite. Segundo médicos, a maior procura por atendimento ocorre, principalmente, por conta do vírus sincicial respiratório (VSR), para o qual não há vacina disponível.
Nesta quinta-feira (21), na rede municipal de saúde da capital, dos 404 leitos de enfermaria infantis, 335 estão ocupados, o que representa 83% do total. Já nas UTIs infantis a média é de 85%.
Em São Bernardo do Campo, a rede municipal tem 40 leitos destinados a crianças, entre UTIs e enfermarias, e 90% deles estão ocupados.https://aaf79011bac3243f295425b716072cce.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
No interior paulista, em Campinas, desde segunda-feira (18) o Hospital de Clínicas da Unicamp, que é referência no tratamento infantil, restringiu o atendimento. De um total de 20 leitos de UTI, 19 estão ocupados, além de outros 36 de enfermaria. Além disso, há outras duas crianças esperando no pronto-socorro, com indicação de UTI.
A síndrome respiratória aguda grave pode ser provocada por três tipos de vírus. Contra dois deles já há vacina: Covid 19 e influenza, que é o da gripe. Mas para o vírus sincicial respiratório (VSR), que está provocando o aumento por atendimento hospitalar, ainda não há imunizante.
Este vírus é um dos principais agentes de infecção aguda nas vias respiratórias. Ele atinge principalmente os brônquios e os pulmões, e pode gerar doenças como a bronquiolite aguda e a pneumonia.
Em nota, a a secretaria municipal de Saúde de São Paulo disse que aumentou o número de leitos na capital.
“Antes da pandemia a gente enfrentava esses períodos de sazonalidade com 96 leitos de uti. Durante a pandemia, dois hospitais que atendiam somente Covid ganharam 10 leitos de uti pediátrica, e eles já retomaram as atividades não-Covid, significa que a cidade passou de 96 para 116 leitos”, disse Luiz Carlos Zamarco.https://aaf79011bac3243f295425b716072cce.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Já a secretaria estadual da Saúde de São Paulo declarou que, que pra amenizar a situação em Campinas, 10 novos leitos foram contratados. Segundo o titular da pasta, Jean Gorinchteyn, o estado tem hoje 1.036 leitos pediátricos de enfermaria e UTI, e 38% são exclusivos para atendimento do SUS.
Fonte: G1