São Paulo apresenta ações de saúde para população idosa LGBTIA+ na ExpoLongevidade 2025
São Paulo apresenta ações de saúde para população idosa LGBTIA+ na ExpoLongevidade 2025

Rosa Maria Marcucci fala sobre políticas públicas para a população idosa LGBTIA+ ao lado de Junior Carvalho, diretor do Fórum São Paulo da Longevidade. (Foto: Divulgação/SMS)
Nesta quarta-feira (29), o terceiro dia da ExpoLongevidade 2025 contou com o Simpósio Orgulho Gray, que abordou políticas de saúde para o envelhecimento da população LGBTIA+. Rosa Maria Marcucci, coordenadora da Área Técnica da Saúde da Pessoa Idosa da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), mostrou as ações para o acolhimento da população LGBTIA+ idosa no município de São Paulo.
O painel concentrou-se na análise das necessidades específicas da população idosa LGBTIA+ e na forma como a Rede de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa do Município de São Paulo (Raspi) está estruturada para responder a essas demandas, visando o envelhecimento saudável. “Pesquisas mostram que pessoas LGBTIA+ estão sujeitas a diferentes fatores estressantes ao longo da vida, o que pode afetar sua saúde”, explicou Rosa.
Além disso, o preconceito dificulta a procura dos serviços, bem como o acesso a espaços de convivência. Uma das medidas que tem sido adotadas no atendimento das pessoas idosas é um questionário a respeito da identidade de gênero dos usuários: “Dessa forma, nós conseguimos treinar melhor as equipes e acolher cada indivíduo dentro das suas particularidades”, esclareceu.
Na Atenção Básica, o cuidado é operacionalizado através do Programa Nossos Idosos, presente em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs). As ações deste programa são orientadas pela Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa na Atenção Básica (AMPI-AB), um modelo exclusivo da cidade de São Paulo. A AMPI-AB é crucial, pois realiza o rastreamento tanto de questões de fragilidade e capacidade funcional, quanto de fatores de risco social e vulnerabilidade vivenciados pelo indivíduo. E, a inclusão da declaração de gênero em todos os formulários dos equipamentos de saúde da pessoa idosa é uma forma de aprimorar o atendimento.
Rede Sampa Trans
Rosa destacou ainda a Rede de Atenção à Saúde Integral de Pessoas Travestis e Transexuais, também conhecida como Rede SAMPA Trans, ligada à Área Técnica da Saúde Integral da População LGBTIA+ da SMS, que tem o objetivo de promover políticas públicas de saúde para lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, pessoas não binárias, intersexo, assexuais, de forma a prezar pelo acesso à informação e equidade da oferta de ações e serviços de saúde.
Atualmente, existem 45 unidades de saúde especializadas em todas as regiões do município de São Paulo, que oferecem serviços e ações para promoção, vigilância em saúde e educação permanente dos profissionais. A linha de cuidados inclui avaliação com a equipe multiprofissional e hormonização para pessoas transexuais e travestis.
A Rede de Atenção à Saúde e o Cuidado Centrado na Pessoa Idosa
A Política Municipal de São Paulo visa organizar a Raspi sob a perspectiva do envelhecimento saudável. O cuidado centrado na pessoa idosa busca mantê-la em seu ambiente pelo maior tempo possível, com segurança e qualidade de vida. A Raspi estrutura-se em torno de vários pontos de atenção, incluindo a promoção de saúde, a prevenção de agravos, a manutenção da capacidade funcional, a prevenção de quedas e da violência contra a pessoa idosa, além de oferecer apoio ao cuidador.
Fonte: PrefeituraSP

